segunda-feira, 4 de julho de 2016

IaFeed: Jogos que viciam, mas por tempo limitadíssimo

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Luiz Fernando Menezes — Fallout Shelter (Android e iOS)
Na época que Fallout Shelter saiu, metade da população gamer estava na mesma: queria se matar porque Fallout 4 ainda não tinha saído mas ainda não podia fazer isso porque, dã, Fallout 4 ainda não tinha saído. E a Bethesda, que sabe o caminho para as carteiras dessa metade, lançou um joguinho que mais era um aperitivo, uma coisa para desfarçar a fome de um novo Fallout.

Legal. Fui lá, peguei o iPad da minha namorada e instalei. Joguei uma meia horinha e desliguei. Bonzinho o joguinho, né? Bonzinho. De noite, joguei mais alguns minutos. E o vício estava instaurado: eu não saía de casa sem jogar um pouco, chegava em casa e a primeira coisa que fazia era ver se meus dwellers estavam bem, ia no banheiro e levava o iPad para dar aquela upada, até dormia mais tarde porque ficava completando aquelas três challenges acreditando — sim, sou ingênuo — que na próxima ia vir uma Vault Tech Case.

Resultado: em menos de uma semana, 120 dwellers, a Nuka Cola Factory (acho que o nome é esse) e, no momento em que construí esse último quarto desbloqueado… PUM. Acabou o vício. Assim, sem mais nem menos. Não tinha mais motivo. Não tinha mais vontade. Não tinha mais Fallout Shelter.

PS: Voltei ao meu save uma vez, tudo estava acabando, tinha gente morta, um horror. Ri e desliguei.




Vinícius Bressan — Guild of Dungeoneering (Windows e Mac)
This is the Guild of Dungeoneering! La la la la la la la

O que dizer desse jogo que mal joguei e já comecei a considerar pakas. Foi paixão imediata, como diria mestre Jorge Aragão, coisa de pele. Mas com o tempo você começa a ver os defeitos do outro e tal… Falando sério, a ideia por trás do jogo é sensacional, a arte é bonita, e o humor é muito legal, algo mais leve e tranquilo do que o encontrado em jogos mais carregados como Saints Row IV, menos cansativo. Montar sua própria dungeon com as cartinhas do jogo é divertido pra caramba e o fato dela parecer com um desenho de caderno ajuda. Só que com o tempo as mecânicas ficam muito repetitivas. Perder todos os equipamentos a cada nova dungeon deveria ser um desafio, mas como os inimigos não variam muito, vira uma chatice. O jogador acaba tendo que repetir os mesmos padrões de jogo, as primeiras batalhas da dungeon parecem sempre iguais… enfim, muita personalidade mas não funcionou tão bem quanto o esperado.

PS: se não for jogar, pelo menos escute a trilha do menu inicial, vale a pena.




Willian Ferreira Vieira - Qualquer The Sims
Assim que vi qual iria ser o tema da lista pensei na hora: The Sims. Eu tentei, tentei de verdade pensar em qualquer outro, mas The Sims não saía da minha cabeça.

Afinal, a historia é sempre a mesma: você baixa o jogo, cria uma família, começa a amar a família, começa a viver com eles, começa a sofrer com eles e do nada, acaba seu interesse por eles. Você acaba criando outra família, passa pelas mesmas coisas e seu interesse por eles também morre.



Mateus Mognon - Futurama: Game of Drones
Os jogos estilo Candy Crush são viciantes, mas o mais divertido do gênero, com certeza, é Game of Drones, puzzle baseado no universo de Futurama para Android e iOS. Além de ter que combinar vários robôs de entregas, o jogo ainda conta com referências a série de TV, vários power ups maneiros e piadas engraçadas. Porém, como o cerne é bastante repetitivo — ficar combinando elementos iguais —, é fácil você deixar o app de lado e só jogar quando tá no banheiro, naquela hora em que a melhor distração é contar azulejos.

Vale lembrar que esse é o primeiro game de Futurama para dispositivos móveis e quem é fã da série vai adorar!



Felipe Buzzi - Fruit Ninja (Tem pra toda e qualquer merda isso aqui)
Provavelmente você deve reconhecer esse jogo, que até ganhou uma versão para o Kinect. Fruit Ninja foi um fenômeno dos smartphones no início dessa década, os anos 10. Você também deve se lembrar que há uns dez anos atrás o maior divertimento que tínhamos no celular era com Snake e outros jogos do estilo, passávamos horas tentando quebrar o recorde que seu amigo sacana deixou no seu celular . A mesmíssima coisa aconteceu com Fruit Ninja.

Em 2010 ter um smartphone era um luxo, apenas alguns colegas meus tinham e dividiam o celular durante as aulas para jogatinas de Fruit Ninja — isso até o professor pegar o celular. O jogo era gratuito e bem simples: várias frutas voavam em sua tela e você tinha que cortá-las passando o dedo na tela do celular, evitando as malditas bombas que surgiam entre elas.

Os anos passaram e os smartphones se tornaram popular. Tivemos o boom dos jogos indies e, como consequência, bons jogos e aplicativos surgiram gratuitamente (ou não) nos smartphones. Fruit Ninja de certa forma também entra na lista dos precursores desse boom — o jogo era totalmente viciante e divertido. Infelizmente, quando eu consegui possuir um smartphone já tinha me esquecido totalmente da existência desse game que entrou no limbo de games esquecidos.

O jogo continua gratuito na Google Play Store, estou fazendo o download neste exato momento para bater aquela onda de nostalgia.


Tadeu Mattos - Fallout 4 (PC, XONE, PS4)
Eita! Antes de tacarem os tomates, vou me explicar. Eu ganhei Fallout 4 em um sorteio feito no Twitch, ou seja, não tive que pagar os R$250 na semana em que o jogo lançou. Vocês não sabem a minha empolgação de jogar o quarto jogo dessa série incrível antes de baixar; porém, pelo menos vão entender minhas frustrações com o game.

Vamos começar pelos bugs. Não adianta vir falar que é normal para jogos da Bethesda terem erros. Se a produção tem problemas, eles devem ser resolvidos o quanto antes. É muita cara de pau lançar um jogo com tantos glitchs, cobrar os R$ 250 e ter incompatibilidades com algumas placas de vídeo. Sei que o jogo não é bonito, na verdade nem ligo para isso; mas, não tem como ignorar que as texturas demoravam quase cinco minutos para carregar, enquanto isso minha arma parecia massinha da Play Doh e Dogmeat era uma salsicha andante.

Agora vamos para o maior problema; o jogo parou de ser um RPG puro e se tornou um jogo de tiro com pequenos elementos de progressão. Ei, não me leve a mal, se você gostou dessa nova direção vá fundo, filho. Porém, esperava que existisse mais variedade na customização de skills do meu personagem. No final da campanha principal, eu já era perito em tudo possível no jogo. O esquema de level up me deixou claro que alguns skills não tem a mesma relevância do que nos outros Fallouts. Vamos pegar o New Vegas, existia uma quest na qual você tinha que lidar com um drogado. O jogador tinha várias opções de como cuidar do doidinho.

1- Matar o coitado
2- Usar um check de medicina e dizer para ele que irá morrer caso não pare com as drogas
3- Convencer o senhor com carisma
4- Vender mais droga pro junkie, fazendo uma grana no processo
5- Dizer para o quest giver lidar com o usuário de entorpecentes por conta própia

Tá vendo como é possível resolver as situações de várias formas diferentes, usando diferentes skills? Bem, no Fallout 4 geralmente você tem quatro opções de diálogo

1- OK!
2- Não! Vou te matar porque sou malvado
3- OK de uma forma sarcástica
4- OK de uma forma rude

Provavelmente vai surgir um check de carisma no meio do diálogo; mas, vai ser só isso. Todos aqueles pontos que você colocou em medicina ou ciência não são uteis nas conversas.

Acho que é tudo. Confesso que se eu fosse jogar hoje talvez as coisas estejam melhores; mas, tem tantos jogos bons lançando que eu não tenho a mínima vontade de voltar para a Boston pós-apocalíptica.
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Escrito por

Núcleo de jornalismo de tecnologia e games da Universidade Federal de Santa Catarina. Criado por estudantes, coordenado por estudantes e mal redigido por estudantes

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